02 dezembro, 2010

CINE BECO: Casa de Cachorro na Rua Tarde Azul



No 04 de Dezembro de 2010, o Cineclube CINE BECO, coordernado por Rodolfo Fonseca no  Ponto de Cultura Casa do Beco, exibiu  mais um filme da extensão do FORUMDOC. BH.2010 - 14º Festival do Filme Documentário e Etnográfico, que se encerrou no último domingo, dia 28 de Novembro. Desta vez, a exibição aconteceu na rua, com tela e espaços improvisados, e foi capaz de despertar a atenção e o interesse dos moradores da Rua Tarde Azul que saíram de suas casas para assistir de pé, assentadas na rua ou em cadeiras trazidas de casa. O evento novamente foi um resultado da parceria do Cineclube CINE BECO e a Associação  Cultural Filmes de Quintal em trabalho conjunto de curadoria e produção, além do apoio da  ONG Oficina de Imagens.


04/12 - 19hs - Casa de Cachorro (2001) 
26 min. - Direção: Thiago Villas Boas - São Paulo-SP (Brasil)
Rua Tarde Azul - Vila Esperança  - Aglomerado Sta. Lucia 
(próximo ao Bar do Guido)
 


Sinopse: Era  uma vez o melhor lugar do mundo para se morar... Sob o viaduto ao lado  do Ceagesp, em São Paulo, algumas famílias  encontraram uma forma digna  de sobreviver construindo casas de cachorro  com a madeira dos caixotes  abandonada pelos comerciantes do entreposto.  Habituados ao local –  poluído, cheio de trânsito e perigoso – os  moradores vão ter de  enfrentar a Prefeitura de São Paulo, que quer  desalojá-los. 


Comentários sobre o filme pelo jornalista e crítico de cinema Cid Nader


Casa de cachorro mostra pessoas que vieram à cidade grande em busca de  solução para sua miséria, em busca de água (o filme mostra, sem ser  óbvio ou ostensivo, o prazer que elas sentem com a possibilidade de  utilizar água sem escassez — boa parte da primeira metade do curta tem  como cenário torneiras e tanques com água farta), e que encontraram nas  grandes avenidas marginais, sob viadutos, seus novos lares e fonte de  sobrevivência. O filme é recheado de depoimentos esperançosos, já que  essas pessoas conseguem retirar seu sustento do trabalho artesanal, o  que afasta a possibilidade de mendicância ou marginalidade.


*Cid Nader é jornalista e crítico de cinema. Editor e um dos  idealizadores do site de cinema Cinequanon www.cinequanon.art.br.  Colaborador da revista Paisá e do site Omelete. Edita também o Cidblog  www.cinequanon.art.br/cidblog.


O  FORUMDOC.BH.2010 ocorreu no Cine Humberto Mauro - Palácio das Artes de  11 a 28 de Novembro. No site é possível encontrar gravações de debates e fazer o download do catálogo (recheado de entrevistas e artigos).


Mais informações: www.forumdoc.org.br/



29 outubro, 2010

Produção de exibição única em BH

Exibição do filme Olhos Azuis: um duelo na fronteira (111 min.) Direção: José Joffily (RJ)


31 de Out de 2010 - 16hs – Itinerância do Cine Clube Latino

Exibição em 35 mm seguida de debate com o diretor
Palácio das Artes - Cine Humberto Mauro

Produção: Rodolfo Fonseca e Inst. Imersão Latina
Parceria: Cine Humberto Mauro
Agradecimentos: MONDO BHZ e Guia Entrada Franca 



Atividade em comemoração dos 5 anos 
do Instituto Imersão latina

Em atividade de comemoração do aniversário de 5 anos do Instituto Imersão latina, a Itinerância do Cine Clube Latino exibe um filme político no dias das eleições presidenciais. Olhos Azuis: um duelo na fronteira, filme nacional que mostra o preconceito racial e cultural na relação de norte-americanos e latino-americanos, em uma trama que mistura drama e suspense policial. Grande vencedor do II Festival Paulínia de Cinema deste ano, com seis prêmios, incluindo o de Melhor Filme, Olhos Azuis ficou apenas uma semana em cartaz em BH. Assim, o Cine Clube Latino antecipa o “Passou-batido” em parceria com o Cine Humberto Mauro por meio da itinerância do cineclube dedicado à exibição de filmes sobre questões e a cultura latino-americana.

Sobre o Diretor

José Joffily, diretor de Olhos Azuis, foi professor por 20 anos junto ao Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense, repete neste filme a bem sucedida parceria com o roteirista Paulo Halm, com quem realizou os longas-metragens Dois Perdidos numa noite suja (2002) e Achados e Perdidos (2006). Entre outros trabalhos seus mais recentes estão a co-direção com Roberto Bomtempo do longa-metragem de ficção Mão na Luva (2010), filmado Junho em BH, e a direção dos documentários A Vocação do Poder (2005), co-dirigido com Eduardo Escorel, e A Paixão Segundo Callado(2007). 

SINOPSE


UM THRILLER DAS DIFERENÇAS

Marshall (David Rasche) é o chefe do Departamento de Imigração do aeroporto JFK, em Nova York. Comemorando seu último dia de trabalho, Marshall resolve se divertir complicando a entrada no país de vários latino-americanos. Entre eles está Nonato (Irandhir Santos), um brasileiro radicado nos EUA, dois poetas argentinos, uma bailarina cubana e um grupo de lutadores hondurenhos. Dois anos depois, Marshall vem ao Brasil procurar uma menina de nome Luiza. Quando ele conhece Bia (Cristina Lago), uma jornada em busca de redenção se inicia. 


18 outubro, 2010

Produção e Câmera do TRANSBORDA - Festival de Artes Transversais - BH-MG


Aconteceu entre 13 e 19 de Setembro de 2010 o TRANSBORDA - Festival de Artes Transversais, promovido pelo Coletivo PEGADA (Regional Minas Gerais do Circuito Fora do Eixo) com recursos do Fundo Municipal de Cultura. O evento contou com Oficinas, Congresso Regional do Circuito Fora do Eixo e 3 dias de shows na Praça da Estação (BH-MG) com 9 bandas por dia que se alternaram em dois palcos.


Rodolfo Fonseca participou como produtor participando do planejamento e execução de ações de minimização de impactos urbanos do TRANSBORDA, contactando empresas, comerciantes e espaços culturais do em torno da Praça da Estação. Já durante os shows, Rodolfo Fonseca atuou como câmera do filme-documentário sobre o Festival, contrapartida do Coletivo PEGADA para o Fundo Municipal da Prefeitura. Atualmente o filme se encontra em processo de montagem e tem previsão de estréia ainda parao fim de 2010.


 Show da Banda Cidadão Comum
Foto: http://coletivosemifusa.blogspot.com

 Público do Transborda, 3000 pessoas na Pça da Estação
Foto: www.festivaltransborda.com.br

Mais informações sobre o TRANSBORDA - Festival de Artes Transversais nos sites:


04 setembro, 2010

Curta Rizoma selecionado para Festival Internacional de VideoDança de Buenos Aires

O Curta-metragem Rizoma, realizado pelo Coletivo Ferpa em março de 2010, fotografado por Rodolfo Fonseca, foi selecionado para integrar o Festival Internacional de VideoDanzaBA que acontece em Buenos Aires de 04 a 12 de setembro de 2010. O festival se estrutura como uma uma plataforma de difusão, formação, reflexão e desenvolvimento de redes de manifestacões artísticas en torno do eixo corpo-tecnologia em sentido amplo. O VideodanzaBA  completa nesta edição 15 anos de existência e conta com o apoio de entidades argentinas e internacionais como Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo - AECID, British Council, Instituto Nacional del Teatro e Instituto Nacional de Cine y Artes - INCAA.


Haverão duas exibições do Curta Rizoma no Espaço Microcine do Centro Cultural Recoleta, a primeira no dia 10 de setembro de 2010, sexta-feira  às 18h e outra no domingo, ainda sem horário definido. 

Centro Cultural Recoleta - CCR
 http://centroculturalrecoleta.org/ccr-sp/

 Imagens do Centro Cultural Recoleta - Buenos Aires - Argentina


 A programação completa está no site  www.VideoDanzaBA.com.ar  

Blog do festival: 

21 junho, 2010

Longa Metragem Mão na Luva - Roberto Bomtempo e José Joffily

Capa do Caderno de Cultura - Estado de Minas - 07 Jun 2010 
(Clique e amplie imagem para ler a reportagem)

Longa Metragem Mão na Luva dos diretores Roberto Bomtempo e José Joffily é rodado em Belo Horizonte de 18 de Junho a 15 de Julho de 2010, baseado em adaptação da peça homônima de Oduvaldo Vianna Filho, o filme é realizado em co-produção entre as produtoras locais a Sala 2 Cine Vídeo e a Camisa Listrada ( 5 Frações de uma Quase História). O elenco conta com o próprio Roberto Bomtempo e sua esposa atual Míriam Freeland como protagonistas e com três atores do Grupo Galpão: Chico Pelúcio, Eduardo Moreira e Fernanda Vianna.O Filme conta com equipe 90% mineira, sendo Rodolfo Fonseca como Assistente de Produção e Assistente de Platô.

25 abril, 2009

Curta-metragem de Ficção

Olhos que não se cruzam (2008-09)
Duração: 15 min e 17seg. (em finalização)
Rio de Janeiro - RJ - Brasil.


Argumento e Direção: Rodolfo Fonseca
Roteiro: Fernanda Frotté e Rodolfo Fonseca

SINOPSE: os encontros e desencontros de dois antigos amigos tendo a vida urbana do centro do Rio de Janeiro como cenário ou personagem da história. Amigos um dia próximos, mas hoje tão distantes.


Com Alexandre David e Silas Lima

Participação especial: Carlos Evanney e Rose Germano


Dir. de Fotografia e Câmera
Marcio de Andrade
Bruno Diel
Dir. de Arte
Emerson Evêncio
Som Direto
Marcelo Paternoster
Montagem
Marcelle Castro
Rodolfo Fonseca
Assit. de Direção
Douglas Soares
Emerson Evêncio
Câmera Adicional
André Lavaquial
Figurino
Fabíola Trinca
Produção
Rodolfo Fonseca
Liara Castro
Ana Amélia
Colorista
Marcio de Andrade 
Edição de som e Trilha Sonora
Cauê Leal

Curta-metragem de Documentário - Direção de Fotografia e Câmera


A Deus Paissandu – (2008 - 2009) - Duração: 08'04"
Rio de janeiro - Brasil
 
Roteiro e Direção: Francis Ivanovich
Atores: Mario Augusto e Rose Germano
Assistente de Direção: Emerson Evêncio
Fotografia: Rodolfo Fonseca
Câmera: Rodolfo Fonseca 
Câmera Adicional: Marcio de Andrade
Montagem e edição de som: Vinicius Nascimento
Assistentes de Produção: Marcelle Castro e Pedro Esteves

Sinopse: o tradicional Cinema Paissandu do Rio de Janeiro, após 48 anos de existência vai fechar as portas. Na despedida exibe clássicos de grandes diretores. Um homem chega ao local interessado apenas em saber se o lugar foi transformado em igreja. The traditional Paissandu Cinema of Rio de Janeiro, 48 years after borning will close the doors. In its end show classics of great diretors. A man arrive to cine's site just to know whether Paissandu Cinema was changed to church.

Veja um trecho do filme em   
http://www.youtube.com/watch?v=dTQ96GXYfEI 



“A DEUS PAISSANDU” CRITICA E PENSA
O DESTINO DAS SALAS DE PROJEÇÃO DE RUA E
HOMENAGEIA O CINEMA E SEUS CINEASTAS

No final de 2008 ganhou destaque na imprensa o desabamento do teto da igreja Renascer, em São Paulo. O Lugar originalmente era uma sala de cinema. O curta “A Deus Paissandu” – 2008-2009, (08min, 04seg), do diretor Francis Ivanovich, fala da questão do espaço cinema de rua ser transformado em templos religiosos. É uma crítica aberta não às religiões, mas ao destino que está tendo esse espaço público e cultural em diversas cidades brasileiras.

O Curta foi filmado no último fim de semana de existência do tradicional cinema Paissandu, no bairro do Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro, exatamente entre os dias 28 e 31 de agosto de 2008. O tradicional Cinema Paissandu, após 48 anos de existência fecha as portas, conhecido como ponto de encontro da “Geração Paissandu”, em sua despedida exibiu clássicos de grandes diretores, com ingressos a um Real. Praticamente todas as sessões ficaram lotadas. No filme, vemos uma cena raríssima, filas no meio da rua para ir ao cinema.

O Curta não se prende ao formato documentário, apesar de registrar as últimas imagens do Paissandu e homenagear cineastas, através da captação de alguns trechos projetados em sua tela como “Medeia”, de Pasolini (tendo sobre a imagem o áudio do famoso poema Tabacaria, de Fernando Pessoa), “Atirem no Pianista”, de Truffaut, “A Grande Ilusão”, de Renoir, mas introduz um personagem oriundo da ficção, um homem de aparência misteriosa que chega ao local interessado apenas em saber se o lugar foi transformado em igreja.

O filme é uma homenagem ao ato de fazer Cinema; de projetar as imagens na tela, o ofício de fazer e exibir, além do ritual do espectador de ir às salas. A imagem está acima da palavra, não é por acaso, que o silêncio é um elemento fundamental no filme, um personagem que traz em si a reflexão e o simbolismo da vida e da própria morte.

O Cinema Paissandu fechou as portas e deixou uma pergunta no ar.
Cinema de rua está condenado ao fim?