16 março, 2012

Cine Beco aprovado em projeto de continuidade no Fundo Municipal de Cultura



Pelo segundo ano consecutivo, o Cineclube Cine Beco foi aprovado no Fundo Municipal de Cultura de BH, agora em projeto de continuidade que prevê não apenas exibições, mas oficinas de formação para o público do Aglomerado Sta. Lúcia. Rodolfo Fonseca é um dos idealizadores e curador do Cineclube Cine Beco desde 2009.

Mais informações sobre os aprovados em:


Agradecemos a todos os parceiros e apoiadores.

Equipe do Cineclube Cine Beco - Casa do Beco

25 novembro, 2011

Filmagem com 3 câmeras de show de estréia da Orquestra Sinfonietta

Rodolfo Fonseca filma e dirige com equipe e 3 câmeras no dia 28 de novembro o terceiro concerto de estréia da Orquestra Sinfonietta Belo Horizonte na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes.

Veja trecho de filmagem do show com a música "O Anjo da História" (de Ronaldo Cadeu):


Idealizada e regida pelo maestro Ronaldo Cadeu de Oliveira, Ph. D, professor da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG a Orquestra Sinfonietta Belo Horizonte é integrada por músicos de alta formação musical provenientes de vários países do mundo.

A orquestra tem como objetivo inicial apresentar peças que geralmente não são apresentadas pelas grandes orquestras sinfônicas, incluindo-se peças do barroco europeu, período galante, peças da música colonial brasileira, peças de compositores locais e peças dos séculos XX e XXI.


O terceito concerto aconteceu dia 28/11/2011, segunda-feira às 20h

Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1537 - Centro
Entrada Gratuita - Retirada de senhas 1h antes do concerto

Repertório do concerto:
Abertura da ópera L’Olimpiade
Antônio Vivaldi (1678 – 1741)
Concerto Grosso Op. 6, no. 4 em Re maior
Arcangelo Corelli (1653 – 1713)
Concerto Grosso Op. 6, no. 7 em Si bemol maior
Georg Friedrich Händel (1685 – 1759)
Quadrilhas: A Opulenta
João Francisco da Matta (18?? – 1909)
O Anjo da História, Op. 13 (estreia mundial)
Ronaldo Cadeu (n. 1977)
Concerto de Brandenburgo no. 4, BWV 1049
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

Bojana Pantovic, violino;
Lúcia Melo, flauta doce;
Eduardo Ribeiro, flauta doce
Regência e idealização:

Ronaldo Cadeu de Oliveira, Ph. D.
Maestro e Diretor Musical da Sinfonietta Belo Horizonte

07 novembro, 2011

Cineclube Cine Beco exibe filmes nacionais da Semana Ticket Cultura & Esporte



Promovida pela Ticket e o Ministério da Cultura, a Semana Ticket Cultura & Esporte ocorre no mês em que é comemorado o Dia Nacional da Cultura (5 de novembro), data importante no calendário da cidade. Essa iniciativa foi motivada por um estudo do Ministério da Cultura que mostra que 92% dos brasileiros nunca visitaram museus e apenas 13% vão ao cinema, ao menos uma vez por ano. O levantamento revela ainda que apenas 2% da população frequenta circos e 5%, teatros.

A pesquisa também relata que a principal causa desse fenômeno é a falta de recursos financeiros e a expectativa da empresa é atrair cerca de 150 mil pessoas durante os dez dias de programação. "A Ticket vê como essencial a realização de programas e ações que ofereçam acesso e democratização da cultura e sirvam como base para o desenvolvimento do trabalhador brasileiro. Com a Semana, reforçamos nosso compromisso social, além de fomentar e valorizar a cultura nacional", afirma Gustavo Chicarino, Diretor de Estratégia, Marketing e Novos Negócios.

Criada em 2007, a iniciativa já impactou mais de 300 mil pessoas em quatro edições e teve a cada ano a ampliação do número de atividades. A primeira edição focou as áreas de cinema e artes visuais, com 24 pontos de exibição de filmes na periferia da cidade, além do acesso gratuito à Pinacoteca e ao MAM. Já no ano seguinte, 2008, com parceria da Secretaria Municipal de Educação, houve uma ampliação das atividades: 35 pontos de exibição de filmes e espetáculos, incluindo 20 CEUs, além do Cine Olido, Teatro Jaraguá, Parque do Ibirapuera, Circo Zanni e acesso gratuito ao MAM. Em 2009, além das atividades culturais a Semana incluiu também oficinas esportivas nos CEUs e atingiu um público de mais de 80 mil pessoas. Em seu quarto ano, a grande novidade foi a presença de uma biblioteca móvel e a concentração das atividades para facilitar o acesso a toda programação. Além disso, clínicas esportivas de aperfeiçoamento para os professores da rede municipal de ensino acontecem durante todo o ano.

Em 2011, para comemorar a sua 5° Edição, a Semana Ticket Cultura & Esporte contará com parceiros especiais que nos ajudarão nesta busca em prol da democratização do acesso à cultura e ao esporte. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte receberão uma ampla programação gratuita.

Fonte:http://www.ticket.com.br/portal/semanaticketcultura/home/home.htm

O Cine Beco participará da programação da Semana Ticket Cultura & Esporte com exibições nos 10 e 13 de Novembro, no primeiro dia com filmes para crianças da Escola Estadual Dona Augusta e no segundo para o público em geral do Aglomerado Sta. Lúcia.

10 outubro, 2011

Fotografias publicadas em O GLOBO e FOLHA


Atuando como fotógrafo e coordenador de audiovisual do Instituto Inhotim, Rodolfo Fonseca publicou em matérias do jornal O GLOBO e FOLHA de S. PAULO fotos autorais de novas obras de Chris Burden e Marepe, inauguradas no último dia 06 de Outubro em Inhotim.

Abaixo segue reproduçao da matéria do Jornal O GLOBO de 08 de Outubro de 2011






Mais fotos de Rodolfo Fonseca, além de filmagens, e informações sobre as novas de obras de Inhotim em:  www.inhotim.org.br/hotsites/inauguracao/2011.htm

12 setembro, 2011

Filmagem de estréia do Grupo Girau em 4 ângulos


O Grupo Girau estréia nesta sexta e sábado, 16 e 17 de setembro de 2011, o espetáculo !EVOÉ Música para ser vista, integrado a programaçao do Festival Transborda. Os dois primeiros dias de Show serão filmados por quatro câmeras pela equipe de Rodolfo Fonseca e Daniel Ferreira. Posteriormente o material filmado será editado para produção de um DVD do espetáculo.





ESTREIA

Grupo GIRAU apresenta o espetáculo !EVOÉ Música para ser vista, fruto de um processo de pesquisa que investiga a relação entre cena e música. 

O novo show do grupo se inspira na obra “As Bacantes” de Eurípides e apresenta um repertório original marcado pela sutileza e pelo vigor dessa tragédia grega. 

Informações

16/09 R$2,00 + 1kg de alimento não perecível
17/09 R$10,00 inteira
21h


Programação acima integrada ao Festival Transborda

23/09 e 24/09 R$10,00 inteira
21h

Local: SPETACULO Casa de Artes
Rua Pouso Alegre, 1568. Santa Tereza - BH

Mais informações sobre Grupo Girau em: www.grupogirau.com.br

12 junho, 2011

Documentário Girau em processo

Desde janeiro de 2011, Rodolfo Fonseca e Daniel Ferreira filmam documentário sobre o processo de trabalho do Grupo Girau, que realiza pesquisa musical para produção do espetáculo "Música para ser vista", com financiamento do Fundo Municipal de Cultura de BH 2010. O documentário Girau em processo está em fase de finalização de filmagens e montagem. 

O espetáculo e o documentário têm estréia prevista para Setembro de 2011. Abaixo é republicada reportagem originalmente publicada no site do Coletivo Pegada que acompanhou um ensaio aberto do Grupo Girau.
 
Das Loucas – Passagem pelo ensaio do Grupo Girau 
(texto retirado do site do Coletivo Pegada)

Duas jaboticabeiras já conhecidas, uma casa aconchegante, café da manhã posto. Embaixo das árvores, marimba, tambores, violoncelo, contrabaixo, violão, garrafas de vinho. Pessoas conversando animadamente apesar das carinhas amassadas às 10 horas da manhã. Tocariam esses instrumentos os integrantes do Grupo Girau que, num gesto delicado, convidaram algumas pessoas para assistirem a um ensaio aberto do espetáculo As Bacantes – Música para ser vista.

O grupo surgiu com Amanda Prates, Gabriela da Costa e Junim Ribeiro. Aos poucos, Amanda começou a compor e chegaram mais três integrantes: Marcela Nunes, Larissa Mattos e Daniel Guedes. Apesar da Amanda compor todas as músicas do grupo, os arranjos são trabalhados conjuntamente, e isso eles adoram fazer!
Um dia a Amanda leu As Bacantes de Eurípedes, tragédia grega estreada 405 anos a.C. que conta a história de Dioniso. Dioniso vai a Tebas, na Grécia, reclamar seu direito de ser cultuado como deus, o deus do vinho, as autoridades não o aceitam, já as mulheres o seguem, e por onde passam causam temor e censura por seus comportamentos sem pudor. Para Amanda veio o click: criar um espetáculo baseado nas Bacantes. Com o projeto aprovado no Fundo Municipal de Cultura, convidaram Juliana Pautilla, atriz e musicista para desenvolver um trabalho de consciência corporal, Cristiano Peixoto, ator e diretor, para fazer a direção artística e Ronaldo Cadeu, músico, para desenvolver a orientação musical.

Pensavam não só em criar um espetáculo, mas ainda em se formar e levantar questões importantes para o trabalho do grupo: o que é a cena na música? Como as ações de um músico influenciam na música que ele toca? O que é para ser visto? A música é para ser vista? E é com essas questões que se recolhem na casa do bairro Caiçara para criar um show de música com forte ligação com o teatro.

Assim, debaixo das jaboticabeiras estavam Amanda Prates (voz e composição), Marcela Nunes (flauta transversal), Larissa Mattos (violoncelo), Junim Ribeiro (violão), Bruno Oliveira (contrabaixo), Gabriela da Costa (percussão) e Daniel Guedes (percussão). Eu não fazia a menor idéia do que estava por ouvir/ver. Daí a boa surpresa ao ouvir/ver a voz bonita da Amanda cantando composições ricas em imagens, os olhares trocados, os climas criados, a diversidade de estilos.

E como um grupo que tem consciência do conteúdo imagético da música, eles estão produzindo um documentário do projeto e registrando em fotografia todo o processo de trabalho. Abrir o processo de trabalho é na verdade um ato generoso e desprendido, comentar como cada canção foi criada, sua imagem-tema e, por fim, ouvir o que a platéia tem a dizer faz parte de um projeto de experimentação e construção cotidiana da música que eles pretendem fazer, é um gosto pelo pesquisar, pelo inacabado, pelo processo.

Fico eu aguardando para ouvir/ver As Bacantes do Girau que deve estrear em agosto. Enquanto leio As Bacantes de Eurípedes, dionizando-me.

Fonte:

23 março, 2011

Belo Horizonte:cidade da cultura e cidade proibida


Nos últimos 5 anos, Belo Horizonte passou por várias transformações, algumas positivas outras negativas. Obras, reformas urbanas, iniciativas de grupos e instituições. Não é possível falar de todas aqui, mesmo que só citando, mas aos poucos neste espaço mensal quero relatar algumas delas. Falo aqui, de toda forma, da perspectiva de alguém que passou 5 anos fora da cidade e percebe desde que voltei a morar na cidade, de forma comparativa neste tempo, a ampla transformação da vida cultural da cidade. Será uma nova geração (diferente da minha)? Coletivos como o Pegada? Novos produtores e grupos artísticos? Também podemos falar sobre vários pontos de vista.

É visível o crescimento da oferta cultural na cidade, seja motivado pelo investimento de empresas e produtores, quanto o crescimento de espaços de cultura e manifestações culturais. Temos novos espaços de cultura abertos na cidade (com destaque para o Espaço 104 e o Espaço FUNARTE, antiga Casa do Conde) e outros a abrir (com destaque Cine SESC Palladium – este em 28/03 e o Centro Cultural Banco do Brasil, ainda sem data.), ao mesmo tempo, outros fecharam suas portas, como a Usina de Cinema. Bem, parece algum tipo de movimento vital das práticas e espaços culturais, que muitas vezes são fadados a nascer e morrer. Vale ressaltar ainda, que Belo Horizonte, ao contrário de outras grandes cidades do país como Rio, São Paulo, Salvador ou Porto Alegre continua sem a existência de uma cinemateca (papel que o Centro de Referência Audiovisual – CRAV da PBH não faz)  ou um museu de arte moderna ou contemporânea ativo, a exemplo do MASP ou MAC de Salvador. Ainda bem que temos por perto Inhotim, mas não é mesma coisa.

Por outro lado, mesmo com uma oferta crescente de espaços e atividades culturais pudemos perceber o crescimento número de proibições nos espaços públicos da cidade. Será a migração da cultura, agora só permitida nos espaços fechados? Será a cultura algo tão perigoso e descontrolado assim para não ocupar as ruas? Nas ruas só cabem o trânsito dos carros e as câmeras de segurança? Teatro sem pipoca, parque sem bicicleta, carnaval sem rua, passeio sem mesa de bar, como bem relata a reportagem do jornalista Augusto franco no Jornal do Hoje em Dia de 20/03/2011 – “Convivência: Belo-horizontino coleciona proibições” que merece ser lida e divulgada, já que demonstra a existência de algum tipo de imprensa inteligente em BH.

Mesmo assim, muito ainda precisa ser esclarecido quando falamos de críticas ao poder público na mídia mineira, bem, mas isto é outra polêmica. Outra forma de proibição, menos divulgada, quase uma censura, é a proibição a partir da Polícia Militar de eventos de rua nas favelas, prática já comum, ainda que para eventos comunitários, com o pretexto de que a aglomeração de pessoas pode gerar risco de situações violentas entre gangues rivais. Dois exemplos destas proibições, acontecem por exemplo, no Aglomerado Sta. Lúcia: o Reveillon Gente é pra Brilhar que acontecia a quase uma década na Barragem Sta. Lúcia numa linda festa que reunia, moradores da comunidade e dos bairros, e o Carnafavela, o carnaval da favela que movimentava o comunidade no carnaval.

Bem, felizmente a cidade assistiu nos últimos anos a um ressurgimento de ações e intervenções de contestação a estas proibições como a Praia da Estação e o sensacional carnaval de blocos de rua. No meio disso tudo me deparo com a divulgação nada inocente de que Márcio Lacerda foi eleito o melhor prefeito do Brasil.

Nosso desafio agora é ampliar este sentimento de insatisfação com uma gestão no mínimo contraditória  e arbitrária do governo municipal atual até a disputa eleitoral de 2012. Todos lembram da polêmica do acontece ou não acontece do FIT em 2011. A largada já foi dada para pré-campanha e se multiplica a publicidade da prefeitura paga com dinheiro público. Da mesma forma que Belo Horizonte foi redescoberto culturalmente nos últimos 5 anos, a cidade precisa ser redescoberta politicamente para os próximos 5 anos.

Rodolfo N. J. Fonseca
Sociólogo e Antropólogo  / Produtor Cultural / Realizador Audiovisual
Retirado do  Blog do Coletivo PEGADA onde escreve mensalmente.

Leia reportagem Convivência: Belo-horizontino coleciona proibições – Jornal do Hoje em Dia de 20/03/2011

Leia texto do site AH! Novo site sobre a BH que nos convida a redescobrir BH.

27 fevereiro, 2011

Um artigo por mês no Blog do Coletivo PEGADA


A partir de Fevereiro de 2011, Rodolfo Fonseca escreve artigos sobre temas como  produção, políticas  e mercado cultural, e ainda antropologia urbana e cinema, como colaborador do Blog do Coletivo PEGADA. Abaixo confira o primeiro artigo.

Campanha de Popularização do Teatro e Cinemark: formação de público ou mercado?

Reportagem do Estado de Minas que busca questionar o sucessos e insucessos da Campanha de Popularização de Teatro em Belo Horizonte. Apesar da comparação no texto entre teatro e cinema não funcionar bem totalmente no texto e de alguns equívocos do Jornalista, penso que a reportagem é bastante útil pra problematizar a experiência da Campanha e sua relação com o formação de público e fomento do mercado de cultura. Recomendo a leitura primeiro da reportagem, que pode ser acessada no link abaixo, e depois a leitura dos comentários e críticas.

Segue link da matéria:

Assim, vale dizer, a discussão aberta pela reportagem é boa. Há anos e anos a campanha  incorre no mesmo erro. Medo de mudar, falta de discussão no setor? Não sei, mas sei que começa pelo nome: popularização? Já popularizou, agora é criar formas de prolongar o público. Talvez se a campanha acontecesse 3 ou 4 vezes ao ano em edições menores, mas com maior diversidade de peças, na soma talvez conseguiria até mais público…

Por outro lado, vale dizer que a reportagem desconsidera algumas coisas:

1) A diferença que existe do cinema para o teatro: reprodutibilidade técnica, o cinema basta um cópia e o filme pode rodar o mundo, o teatro não, seu produto final é limitado e feito de carne e osso.

2) O Cinemark não é pioneiro, não é a primeira exibidora estrangeira no país, desde os anos 20 o Brasil já tinha cinemas da MGM e outros grandes estúdios. Os americanos aprenderam muito cedo que quem dominasse a distribuição dominaria o cinema.

3) O Cinemark não tem uma oferta de filmes tão diversificada assim: faltam muitas vezes opções e os mesmos filmes são exibidos várias vezes.

3) O Dia do cinema Brasileiro no Cinemark é a forma como eles encontraram de cumprir a Lei da Cota de Tela que exige uma parcela da programação para exibição do filme nacional ao longo de um ano: eles a cumprem em um único dia exibindo só filmes nacionais (o que não nada competititivo para o cinema nacional) e ainda saem com imagem de mocinhos.

Bem é isso. Sem querer fechar o assunto, ficam estes comentários para problematizar o assunto e fomentar a discussão. Comente e vamos debater!

Rodolfo N. J Fonseca
Sociólogo e Antropólogo, Realizador Audiovisual e Produtor Cultural

Publicado originalmenteno Blog do Coletivo PEGADA onde escreve mensalmente:

02 dezembro, 2010

CINE BECO: Casa de Cachorro na Rua Tarde Azul



No 04 de Dezembro de 2010, o Cineclube CINE BECO, coordernado por Rodolfo Fonseca no  Ponto de Cultura Casa do Beco, exibiu  mais um filme da extensão do FORUMDOC. BH.2010 - 14º Festival do Filme Documentário e Etnográfico, que se encerrou no último domingo, dia 28 de Novembro. Desta vez, a exibição aconteceu na rua, com tela e espaços improvisados, e foi capaz de despertar a atenção e o interesse dos moradores da Rua Tarde Azul que saíram de suas casas para assistir de pé, assentadas na rua ou em cadeiras trazidas de casa. O evento novamente foi um resultado da parceria do Cineclube CINE BECO e a Associação  Cultural Filmes de Quintal em trabalho conjunto de curadoria e produção, além do apoio da  ONG Oficina de Imagens.


04/12 - 19hs - Casa de Cachorro (2001) 
26 min. - Direção: Thiago Villas Boas - São Paulo-SP (Brasil)
Rua Tarde Azul - Vila Esperança  - Aglomerado Sta. Lucia 
(próximo ao Bar do Guido)
 


Sinopse: Era  uma vez o melhor lugar do mundo para se morar... Sob o viaduto ao lado  do Ceagesp, em São Paulo, algumas famílias  encontraram uma forma digna  de sobreviver construindo casas de cachorro  com a madeira dos caixotes  abandonada pelos comerciantes do entreposto.  Habituados ao local –  poluído, cheio de trânsito e perigoso – os  moradores vão ter de  enfrentar a Prefeitura de São Paulo, que quer  desalojá-los. 


Comentários sobre o filme pelo jornalista e crítico de cinema Cid Nader


Casa de cachorro mostra pessoas que vieram à cidade grande em busca de  solução para sua miséria, em busca de água (o filme mostra, sem ser  óbvio ou ostensivo, o prazer que elas sentem com a possibilidade de  utilizar água sem escassez — boa parte da primeira metade do curta tem  como cenário torneiras e tanques com água farta), e que encontraram nas  grandes avenidas marginais, sob viadutos, seus novos lares e fonte de  sobrevivência. O filme é recheado de depoimentos esperançosos, já que  essas pessoas conseguem retirar seu sustento do trabalho artesanal, o  que afasta a possibilidade de mendicância ou marginalidade.


*Cid Nader é jornalista e crítico de cinema. Editor e um dos  idealizadores do site de cinema Cinequanon www.cinequanon.art.br.  Colaborador da revista Paisá e do site Omelete. Edita também o Cidblog  www.cinequanon.art.br/cidblog.


O  FORUMDOC.BH.2010 ocorreu no Cine Humberto Mauro - Palácio das Artes de  11 a 28 de Novembro. No site é possível encontrar gravações de debates e fazer o download do catálogo (recheado de entrevistas e artigos).


Mais informações: www.forumdoc.org.br/



29 outubro, 2010

Produção de exibição única em BH

Exibição do filme Olhos Azuis: um duelo na fronteira (111 min.) Direção: José Joffily (RJ)


31 de Out de 2010 - 16hs – Itinerância do Cine Clube Latino

Exibição em 35 mm seguida de debate com o diretor
Palácio das Artes - Cine Humberto Mauro

Produção: Rodolfo Fonseca e Inst. Imersão Latina
Parceria: Cine Humberto Mauro
Agradecimentos: MONDO BHZ e Guia Entrada Franca 



Atividade em comemoração dos 5 anos 
do Instituto Imersão latina

Em atividade de comemoração do aniversário de 5 anos do Instituto Imersão latina, a Itinerância do Cine Clube Latino exibe um filme político no dias das eleições presidenciais. Olhos Azuis: um duelo na fronteira, filme nacional que mostra o preconceito racial e cultural na relação de norte-americanos e latino-americanos, em uma trama que mistura drama e suspense policial. Grande vencedor do II Festival Paulínia de Cinema deste ano, com seis prêmios, incluindo o de Melhor Filme, Olhos Azuis ficou apenas uma semana em cartaz em BH. Assim, o Cine Clube Latino antecipa o “Passou-batido” em parceria com o Cine Humberto Mauro por meio da itinerância do cineclube dedicado à exibição de filmes sobre questões e a cultura latino-americana.

Sobre o Diretor

José Joffily, diretor de Olhos Azuis, foi professor por 20 anos junto ao Departamento de Cinema e Vídeo da Universidade Federal Fluminense, repete neste filme a bem sucedida parceria com o roteirista Paulo Halm, com quem realizou os longas-metragens Dois Perdidos numa noite suja (2002) e Achados e Perdidos (2006). Entre outros trabalhos seus mais recentes estão a co-direção com Roberto Bomtempo do longa-metragem de ficção Mão na Luva (2010), filmado Junho em BH, e a direção dos documentários A Vocação do Poder (2005), co-dirigido com Eduardo Escorel, e A Paixão Segundo Callado(2007). 

SINOPSE


UM THRILLER DAS DIFERENÇAS

Marshall (David Rasche) é o chefe do Departamento de Imigração do aeroporto JFK, em Nova York. Comemorando seu último dia de trabalho, Marshall resolve se divertir complicando a entrada no país de vários latino-americanos. Entre eles está Nonato (Irandhir Santos), um brasileiro radicado nos EUA, dois poetas argentinos, uma bailarina cubana e um grupo de lutadores hondurenhos. Dois anos depois, Marshall vem ao Brasil procurar uma menina de nome Luiza. Quando ele conhece Bia (Cristina Lago), uma jornada em busca de redenção se inicia. 


18 outubro, 2010

Produção e Câmera do TRANSBORDA - Festival de Artes Transversais - BH-MG


Aconteceu entre 13 e 19 de Setembro de 2010 o TRANSBORDA - Festival de Artes Transversais, promovido pelo Coletivo PEGADA (Regional Minas Gerais do Circuito Fora do Eixo) com recursos do Fundo Municipal de Cultura. O evento contou com Oficinas, Congresso Regional do Circuito Fora do Eixo e 3 dias de shows na Praça da Estação (BH-MG) com 9 bandas por dia que se alternaram em dois palcos.


Rodolfo Fonseca participou como produtor participando do planejamento e execução de ações de minimização de impactos urbanos do TRANSBORDA, contactando empresas, comerciantes e espaços culturais do em torno da Praça da Estação. Já durante os shows, Rodolfo Fonseca atuou como câmera do filme-documentário sobre o Festival, contrapartida do Coletivo PEGADA para o Fundo Municipal da Prefeitura. Atualmente o filme se encontra em processo de montagem e tem previsão de estréia ainda parao fim de 2010.


 Show da Banda Cidadão Comum
Foto: http://coletivosemifusa.blogspot.com

 Público do Transborda, 3000 pessoas na Pça da Estação
Foto: www.festivaltransborda.com.br

Mais informações sobre o TRANSBORDA - Festival de Artes Transversais nos sites:


04 setembro, 2010

Curta Rizoma selecionado para Festival Internacional de VideoDança de Buenos Aires

O Curta-metragem Rizoma, realizado pelo Coletivo Ferpa em março de 2010, fotografado por Rodolfo Fonseca, foi selecionado para integrar o Festival Internacional de VideoDanzaBA que acontece em Buenos Aires de 04 a 12 de setembro de 2010. O festival se estrutura como uma uma plataforma de difusão, formação, reflexão e desenvolvimento de redes de manifestacões artísticas en torno do eixo corpo-tecnologia em sentido amplo. O VideodanzaBA  completa nesta edição 15 anos de existência e conta com o apoio de entidades argentinas e internacionais como Agencia Española de Cooperación Internacional para el Desarrollo - AECID, British Council, Instituto Nacional del Teatro e Instituto Nacional de Cine y Artes - INCAA.


Haverão duas exibições do Curta Rizoma no Espaço Microcine do Centro Cultural Recoleta, a primeira no dia 10 de setembro de 2010, sexta-feira  às 18h e outra no domingo, ainda sem horário definido. 

Centro Cultural Recoleta - CCR
 http://centroculturalrecoleta.org/ccr-sp/

 Imagens do Centro Cultural Recoleta - Buenos Aires - Argentina


 A programação completa está no site  www.VideoDanzaBA.com.ar  

Blog do festival: 

21 junho, 2010

Longa Metragem Mão na Luva - Roberto Bomtempo e José Joffily

Capa do Caderno de Cultura - Estado de Minas - 07 Jun 2010 
(Clique e amplie imagem para ler a reportagem)

Longa Metragem Mão na Luva dos diretores Roberto Bomtempo e José Joffily é rodado em Belo Horizonte de 18 de Junho a 15 de Julho de 2010, baseado em adaptação da peça homônima de Oduvaldo Vianna Filho, o filme é realizado em co-produção entre as produtoras locais a Sala 2 Cine Vídeo e a Camisa Listrada ( 5 Frações de uma Quase História). O elenco conta com o próprio Roberto Bomtempo e sua esposa atual Míriam Freeland como protagonistas e com três atores do Grupo Galpão: Chico Pelúcio, Eduardo Moreira e Fernanda Vianna.O Filme conta com equipe 90% mineira, sendo Rodolfo Fonseca como Assistente de Produção e Assistente de Platô.

25 abril, 2009

Curta-metragem de Ficção

Olhos que não se cruzam (2008-09)
Duração: 15 min e 17seg. (em finalização)
Rio de Janeiro - RJ - Brasil.


Argumento e Direção: Rodolfo Fonseca
Roteiro: Fernanda Frotté e Rodolfo Fonseca

SINOPSE: os encontros e desencontros de dois antigos amigos tendo a vida urbana do centro do Rio de Janeiro como cenário ou personagem da história. Amigos um dia próximos, mas hoje tão distantes.


Com Alexandre David e Silas Lima

Participação especial: Carlos Evanney e Rose Germano


Dir. de Fotografia e Câmera
Marcio de Andrade
Bruno Diel
Dir. de Arte
Emerson Evêncio
Som Direto
Marcelo Paternoster
Montagem
Marcelle Castro
Rodolfo Fonseca
Assit. de Direção
Douglas Soares
Emerson Evêncio
Câmera Adicional
André Lavaquial
Figurino
Fabíola Trinca
Produção
Rodolfo Fonseca
Liara Castro
Ana Amélia
Colorista
Marcio de Andrade 
Edição de som e Trilha Sonora
Cauê Leal

Curta-metragem de Documentário - Direção de Fotografia e Câmera


A Deus Paissandu – (2008 - 2009) - Duração: 08'04"
Rio de janeiro - Brasil
 
Roteiro e Direção: Francis Ivanovich
Atores: Mario Augusto e Rose Germano
Assistente de Direção: Emerson Evêncio
Fotografia: Rodolfo Fonseca
Câmera: Rodolfo Fonseca 
Câmera Adicional: Marcio de Andrade
Montagem e edição de som: Vinicius Nascimento
Assistentes de Produção: Marcelle Castro e Pedro Esteves

Sinopse: o tradicional Cinema Paissandu do Rio de Janeiro, após 48 anos de existência vai fechar as portas. Na despedida exibe clássicos de grandes diretores. Um homem chega ao local interessado apenas em saber se o lugar foi transformado em igreja. The traditional Paissandu Cinema of Rio de Janeiro, 48 years after borning will close the doors. In its end show classics of great diretors. A man arrive to cine's site just to know whether Paissandu Cinema was changed to church.

Veja um trecho do filme em   
http://www.youtube.com/watch?v=dTQ96GXYfEI 



“A DEUS PAISSANDU” CRITICA E PENSA
O DESTINO DAS SALAS DE PROJEÇÃO DE RUA E
HOMENAGEIA O CINEMA E SEUS CINEASTAS

No final de 2008 ganhou destaque na imprensa o desabamento do teto da igreja Renascer, em São Paulo. O Lugar originalmente era uma sala de cinema. O curta “A Deus Paissandu” – 2008-2009, (08min, 04seg), do diretor Francis Ivanovich, fala da questão do espaço cinema de rua ser transformado em templos religiosos. É uma crítica aberta não às religiões, mas ao destino que está tendo esse espaço público e cultural em diversas cidades brasileiras.

O Curta foi filmado no último fim de semana de existência do tradicional cinema Paissandu, no bairro do Flamengo, Zona Sul do Rio de Janeiro, exatamente entre os dias 28 e 31 de agosto de 2008. O tradicional Cinema Paissandu, após 48 anos de existência fecha as portas, conhecido como ponto de encontro da “Geração Paissandu”, em sua despedida exibiu clássicos de grandes diretores, com ingressos a um Real. Praticamente todas as sessões ficaram lotadas. No filme, vemos uma cena raríssima, filas no meio da rua para ir ao cinema.

O Curta não se prende ao formato documentário, apesar de registrar as últimas imagens do Paissandu e homenagear cineastas, através da captação de alguns trechos projetados em sua tela como “Medeia”, de Pasolini (tendo sobre a imagem o áudio do famoso poema Tabacaria, de Fernando Pessoa), “Atirem no Pianista”, de Truffaut, “A Grande Ilusão”, de Renoir, mas introduz um personagem oriundo da ficção, um homem de aparência misteriosa que chega ao local interessado apenas em saber se o lugar foi transformado em igreja.

O filme é uma homenagem ao ato de fazer Cinema; de projetar as imagens na tela, o ofício de fazer e exibir, além do ritual do espectador de ir às salas. A imagem está acima da palavra, não é por acaso, que o silêncio é um elemento fundamental no filme, um personagem que traz em si a reflexão e o simbolismo da vida e da própria morte.

O Cinema Paissandu fechou as portas e deixou uma pergunta no ar.
Cinema de rua está condenado ao fim?