25 novembro, 2011

Filmagem com 3 câmeras de show de estréia da Orquestra Sinfonietta

Rodolfo Fonseca filma e dirige com equipe e 3 câmeras no dia 28 de novembro o terceiro concerto de estréia da Orquestra Sinfonietta Belo Horizonte na Sala Juvenal Dias do Palácio das Artes.

Veja trecho de filmagem do show com a música "O Anjo da História" (de Ronaldo Cadeu):


Idealizada e regida pelo maestro Ronaldo Cadeu de Oliveira, Ph. D, professor da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais - UEMG a Orquestra Sinfonietta Belo Horizonte é integrada por músicos de alta formação musical provenientes de vários países do mundo.

A orquestra tem como objetivo inicial apresentar peças que geralmente não são apresentadas pelas grandes orquestras sinfônicas, incluindo-se peças do barroco europeu, período galante, peças da música colonial brasileira, peças de compositores locais e peças dos séculos XX e XXI.


O terceito concerto aconteceu dia 28/11/2011, segunda-feira às 20h

Sala Juvenal Dias – Palácio das Artes, Avenida Afonso Pena, 1537 - Centro
Entrada Gratuita - Retirada de senhas 1h antes do concerto

Repertório do concerto:
Abertura da ópera L’Olimpiade
Antônio Vivaldi (1678 – 1741)
Concerto Grosso Op. 6, no. 4 em Re maior
Arcangelo Corelli (1653 – 1713)
Concerto Grosso Op. 6, no. 7 em Si bemol maior
Georg Friedrich Händel (1685 – 1759)
Quadrilhas: A Opulenta
João Francisco da Matta (18?? – 1909)
O Anjo da História, Op. 13 (estreia mundial)
Ronaldo Cadeu (n. 1977)
Concerto de Brandenburgo no. 4, BWV 1049
Johann Sebastian Bach (1685 – 1750)

Bojana Pantovic, violino;
Lúcia Melo, flauta doce;
Eduardo Ribeiro, flauta doce
Regência e idealização:

Ronaldo Cadeu de Oliveira, Ph. D.
Maestro e Diretor Musical da Sinfonietta Belo Horizonte

07 novembro, 2011

Cineclube Cine Beco exibe filmes nacionais da Semana Ticket Cultura & Esporte



Promovida pela Ticket e o Ministério da Cultura, a Semana Ticket Cultura & Esporte ocorre no mês em que é comemorado o Dia Nacional da Cultura (5 de novembro), data importante no calendário da cidade. Essa iniciativa foi motivada por um estudo do Ministério da Cultura que mostra que 92% dos brasileiros nunca visitaram museus e apenas 13% vão ao cinema, ao menos uma vez por ano. O levantamento revela ainda que apenas 2% da população frequenta circos e 5%, teatros.

A pesquisa também relata que a principal causa desse fenômeno é a falta de recursos financeiros e a expectativa da empresa é atrair cerca de 150 mil pessoas durante os dez dias de programação. "A Ticket vê como essencial a realização de programas e ações que ofereçam acesso e democratização da cultura e sirvam como base para o desenvolvimento do trabalhador brasileiro. Com a Semana, reforçamos nosso compromisso social, além de fomentar e valorizar a cultura nacional", afirma Gustavo Chicarino, Diretor de Estratégia, Marketing e Novos Negócios.

Criada em 2007, a iniciativa já impactou mais de 300 mil pessoas em quatro edições e teve a cada ano a ampliação do número de atividades. A primeira edição focou as áreas de cinema e artes visuais, com 24 pontos de exibição de filmes na periferia da cidade, além do acesso gratuito à Pinacoteca e ao MAM. Já no ano seguinte, 2008, com parceria da Secretaria Municipal de Educação, houve uma ampliação das atividades: 35 pontos de exibição de filmes e espetáculos, incluindo 20 CEUs, além do Cine Olido, Teatro Jaraguá, Parque do Ibirapuera, Circo Zanni e acesso gratuito ao MAM. Em 2009, além das atividades culturais a Semana incluiu também oficinas esportivas nos CEUs e atingiu um público de mais de 80 mil pessoas. Em seu quarto ano, a grande novidade foi a presença de uma biblioteca móvel e a concentração das atividades para facilitar o acesso a toda programação. Além disso, clínicas esportivas de aperfeiçoamento para os professores da rede municipal de ensino acontecem durante todo o ano.

Em 2011, para comemorar a sua 5° Edição, a Semana Ticket Cultura & Esporte contará com parceiros especiais que nos ajudarão nesta busca em prol da democratização do acesso à cultura e ao esporte. As cidades de São Paulo, Rio de Janeiro e Belo Horizonte receberão uma ampla programação gratuita.

Fonte:http://www.ticket.com.br/portal/semanaticketcultura/home/home.htm

O Cine Beco participará da programação da Semana Ticket Cultura & Esporte com exibições nos 10 e 13 de Novembro, no primeiro dia com filmes para crianças da Escola Estadual Dona Augusta e no segundo para o público em geral do Aglomerado Sta. Lúcia.

10 outubro, 2011

Fotografias publicadas em O GLOBO e FOLHA


Atuando como fotógrafo e coordenador de audiovisual do Instituto Inhotim, Rodolfo Fonseca publicou em matérias do jornal O GLOBO e FOLHA de S. PAULO fotos autorais de novas obras de Chris Burden e Marepe, inauguradas no último dia 06 de Outubro em Inhotim.

Abaixo segue reproduçao da matéria do Jornal O GLOBO de 08 de Outubro de 2011






Mais fotos de Rodolfo Fonseca, além de filmagens, e informações sobre as novas de obras de Inhotim em:  www.inhotim.org.br/hotsites/inauguracao/2011.htm

12 setembro, 2011

Filmagem de estréia do Grupo Girau em 4 ângulos


O Grupo Girau estréia nesta sexta e sábado, 16 e 17 de setembro de 2011, o espetáculo !EVOÉ Música para ser vista, integrado a programaçao do Festival Transborda. Os dois primeiros dias de Show serão filmados por quatro câmeras pela equipe de Rodolfo Fonseca e Daniel Ferreira. Posteriormente o material filmado será editado para produção de um DVD do espetáculo.





ESTREIA

Grupo GIRAU apresenta o espetáculo !EVOÉ Música para ser vista, fruto de um processo de pesquisa que investiga a relação entre cena e música. 

O novo show do grupo se inspira na obra “As Bacantes” de Eurípides e apresenta um repertório original marcado pela sutileza e pelo vigor dessa tragédia grega. 

Informações

16/09 R$2,00 + 1kg de alimento não perecível
17/09 R$10,00 inteira
21h


Programação acima integrada ao Festival Transborda

23/09 e 24/09 R$10,00 inteira
21h

Local: SPETACULO Casa de Artes
Rua Pouso Alegre, 1568. Santa Tereza - BH

Mais informações sobre Grupo Girau em: www.grupogirau.com.br

12 junho, 2011

Documentário Girau em processo

Desde janeiro de 2011, Rodolfo Fonseca e Daniel Ferreira filmam documentário sobre o processo de trabalho do Grupo Girau, que realiza pesquisa musical para produção do espetáculo "Música para ser vista", com financiamento do Fundo Municipal de Cultura de BH 2010. O documentário Girau em processo está em fase de finalização de filmagens e montagem. 

O espetáculo e o documentário têm estréia prevista para Setembro de 2011. Abaixo é republicada reportagem originalmente publicada no site do Coletivo Pegada que acompanhou um ensaio aberto do Grupo Girau.
 
Das Loucas – Passagem pelo ensaio do Grupo Girau 
(texto retirado do site do Coletivo Pegada)

Duas jaboticabeiras já conhecidas, uma casa aconchegante, café da manhã posto. Embaixo das árvores, marimba, tambores, violoncelo, contrabaixo, violão, garrafas de vinho. Pessoas conversando animadamente apesar das carinhas amassadas às 10 horas da manhã. Tocariam esses instrumentos os integrantes do Grupo Girau que, num gesto delicado, convidaram algumas pessoas para assistirem a um ensaio aberto do espetáculo As Bacantes – Música para ser vista.

O grupo surgiu com Amanda Prates, Gabriela da Costa e Junim Ribeiro. Aos poucos, Amanda começou a compor e chegaram mais três integrantes: Marcela Nunes, Larissa Mattos e Daniel Guedes. Apesar da Amanda compor todas as músicas do grupo, os arranjos são trabalhados conjuntamente, e isso eles adoram fazer!
Um dia a Amanda leu As Bacantes de Eurípedes, tragédia grega estreada 405 anos a.C. que conta a história de Dioniso. Dioniso vai a Tebas, na Grécia, reclamar seu direito de ser cultuado como deus, o deus do vinho, as autoridades não o aceitam, já as mulheres o seguem, e por onde passam causam temor e censura por seus comportamentos sem pudor. Para Amanda veio o click: criar um espetáculo baseado nas Bacantes. Com o projeto aprovado no Fundo Municipal de Cultura, convidaram Juliana Pautilla, atriz e musicista para desenvolver um trabalho de consciência corporal, Cristiano Peixoto, ator e diretor, para fazer a direção artística e Ronaldo Cadeu, músico, para desenvolver a orientação musical.

Pensavam não só em criar um espetáculo, mas ainda em se formar e levantar questões importantes para o trabalho do grupo: o que é a cena na música? Como as ações de um músico influenciam na música que ele toca? O que é para ser visto? A música é para ser vista? E é com essas questões que se recolhem na casa do bairro Caiçara para criar um show de música com forte ligação com o teatro.

Assim, debaixo das jaboticabeiras estavam Amanda Prates (voz e composição), Marcela Nunes (flauta transversal), Larissa Mattos (violoncelo), Junim Ribeiro (violão), Bruno Oliveira (contrabaixo), Gabriela da Costa (percussão) e Daniel Guedes (percussão). Eu não fazia a menor idéia do que estava por ouvir/ver. Daí a boa surpresa ao ouvir/ver a voz bonita da Amanda cantando composições ricas em imagens, os olhares trocados, os climas criados, a diversidade de estilos.

E como um grupo que tem consciência do conteúdo imagético da música, eles estão produzindo um documentário do projeto e registrando em fotografia todo o processo de trabalho. Abrir o processo de trabalho é na verdade um ato generoso e desprendido, comentar como cada canção foi criada, sua imagem-tema e, por fim, ouvir o que a platéia tem a dizer faz parte de um projeto de experimentação e construção cotidiana da música que eles pretendem fazer, é um gosto pelo pesquisar, pelo inacabado, pelo processo.

Fico eu aguardando para ouvir/ver As Bacantes do Girau que deve estrear em agosto. Enquanto leio As Bacantes de Eurípedes, dionizando-me.

Fonte:

23 março, 2011

Belo Horizonte:cidade da cultura e cidade proibida


Nos últimos 5 anos, Belo Horizonte passou por várias transformações, algumas positivas outras negativas. Obras, reformas urbanas, iniciativas de grupos e instituições. Não é possível falar de todas aqui, mesmo que só citando, mas aos poucos neste espaço mensal quero relatar algumas delas. Falo aqui, de toda forma, da perspectiva de alguém que passou 5 anos fora da cidade e percebe desde que voltei a morar na cidade, de forma comparativa neste tempo, a ampla transformação da vida cultural da cidade. Será uma nova geração (diferente da minha)? Coletivos como o Pegada? Novos produtores e grupos artísticos? Também podemos falar sobre vários pontos de vista.

É visível o crescimento da oferta cultural na cidade, seja motivado pelo investimento de empresas e produtores, quanto o crescimento de espaços de cultura e manifestações culturais. Temos novos espaços de cultura abertos na cidade (com destaque para o Espaço 104 e o Espaço FUNARTE, antiga Casa do Conde) e outros a abrir (com destaque Cine SESC Palladium – este em 28/03 e o Centro Cultural Banco do Brasil, ainda sem data.), ao mesmo tempo, outros fecharam suas portas, como a Usina de Cinema. Bem, parece algum tipo de movimento vital das práticas e espaços culturais, que muitas vezes são fadados a nascer e morrer. Vale ressaltar ainda, que Belo Horizonte, ao contrário de outras grandes cidades do país como Rio, São Paulo, Salvador ou Porto Alegre continua sem a existência de uma cinemateca (papel que o Centro de Referência Audiovisual – CRAV da PBH não faz)  ou um museu de arte moderna ou contemporânea ativo, a exemplo do MASP ou MAC de Salvador. Ainda bem que temos por perto Inhotim, mas não é mesma coisa.

Por outro lado, mesmo com uma oferta crescente de espaços e atividades culturais pudemos perceber o crescimento número de proibições nos espaços públicos da cidade. Será a migração da cultura, agora só permitida nos espaços fechados? Será a cultura algo tão perigoso e descontrolado assim para não ocupar as ruas? Nas ruas só cabem o trânsito dos carros e as câmeras de segurança? Teatro sem pipoca, parque sem bicicleta, carnaval sem rua, passeio sem mesa de bar, como bem relata a reportagem do jornalista Augusto franco no Jornal do Hoje em Dia de 20/03/2011 – “Convivência: Belo-horizontino coleciona proibições” que merece ser lida e divulgada, já que demonstra a existência de algum tipo de imprensa inteligente em BH.

Mesmo assim, muito ainda precisa ser esclarecido quando falamos de críticas ao poder público na mídia mineira, bem, mas isto é outra polêmica. Outra forma de proibição, menos divulgada, quase uma censura, é a proibição a partir da Polícia Militar de eventos de rua nas favelas, prática já comum, ainda que para eventos comunitários, com o pretexto de que a aglomeração de pessoas pode gerar risco de situações violentas entre gangues rivais. Dois exemplos destas proibições, acontecem por exemplo, no Aglomerado Sta. Lúcia: o Reveillon Gente é pra Brilhar que acontecia a quase uma década na Barragem Sta. Lúcia numa linda festa que reunia, moradores da comunidade e dos bairros, e o Carnafavela, o carnaval da favela que movimentava o comunidade no carnaval.

Bem, felizmente a cidade assistiu nos últimos anos a um ressurgimento de ações e intervenções de contestação a estas proibições como a Praia da Estação e o sensacional carnaval de blocos de rua. No meio disso tudo me deparo com a divulgação nada inocente de que Márcio Lacerda foi eleito o melhor prefeito do Brasil.

Nosso desafio agora é ampliar este sentimento de insatisfação com uma gestão no mínimo contraditória  e arbitrária do governo municipal atual até a disputa eleitoral de 2012. Todos lembram da polêmica do acontece ou não acontece do FIT em 2011. A largada já foi dada para pré-campanha e se multiplica a publicidade da prefeitura paga com dinheiro público. Da mesma forma que Belo Horizonte foi redescoberto culturalmente nos últimos 5 anos, a cidade precisa ser redescoberta politicamente para os próximos 5 anos.

Rodolfo N. J. Fonseca
Sociólogo e Antropólogo  / Produtor Cultural / Realizador Audiovisual
Retirado do  Blog do Coletivo PEGADA onde escreve mensalmente.

Leia reportagem Convivência: Belo-horizontino coleciona proibições – Jornal do Hoje em Dia de 20/03/2011

Leia texto do site AH! Novo site sobre a BH que nos convida a redescobrir BH.

27 fevereiro, 2011

Um artigo por mês no Blog do Coletivo PEGADA


A partir de Fevereiro de 2011, Rodolfo Fonseca escreve artigos sobre temas como  produção, políticas  e mercado cultural, e ainda antropologia urbana e cinema, como colaborador do Blog do Coletivo PEGADA. Abaixo confira o primeiro artigo.

Campanha de Popularização do Teatro e Cinemark: formação de público ou mercado?

Reportagem do Estado de Minas que busca questionar o sucessos e insucessos da Campanha de Popularização de Teatro em Belo Horizonte. Apesar da comparação no texto entre teatro e cinema não funcionar bem totalmente no texto e de alguns equívocos do Jornalista, penso que a reportagem é bastante útil pra problematizar a experiência da Campanha e sua relação com o formação de público e fomento do mercado de cultura. Recomendo a leitura primeiro da reportagem, que pode ser acessada no link abaixo, e depois a leitura dos comentários e críticas.

Segue link da matéria:

Assim, vale dizer, a discussão aberta pela reportagem é boa. Há anos e anos a campanha  incorre no mesmo erro. Medo de mudar, falta de discussão no setor? Não sei, mas sei que começa pelo nome: popularização? Já popularizou, agora é criar formas de prolongar o público. Talvez se a campanha acontecesse 3 ou 4 vezes ao ano em edições menores, mas com maior diversidade de peças, na soma talvez conseguiria até mais público…

Por outro lado, vale dizer que a reportagem desconsidera algumas coisas:

1) A diferença que existe do cinema para o teatro: reprodutibilidade técnica, o cinema basta um cópia e o filme pode rodar o mundo, o teatro não, seu produto final é limitado e feito de carne e osso.

2) O Cinemark não é pioneiro, não é a primeira exibidora estrangeira no país, desde os anos 20 o Brasil já tinha cinemas da MGM e outros grandes estúdios. Os americanos aprenderam muito cedo que quem dominasse a distribuição dominaria o cinema.

3) O Cinemark não tem uma oferta de filmes tão diversificada assim: faltam muitas vezes opções e os mesmos filmes são exibidos várias vezes.

3) O Dia do cinema Brasileiro no Cinemark é a forma como eles encontraram de cumprir a Lei da Cota de Tela que exige uma parcela da programação para exibição do filme nacional ao longo de um ano: eles a cumprem em um único dia exibindo só filmes nacionais (o que não nada competititivo para o cinema nacional) e ainda saem com imagem de mocinhos.

Bem é isso. Sem querer fechar o assunto, ficam estes comentários para problematizar o assunto e fomentar a discussão. Comente e vamos debater!

Rodolfo N. J Fonseca
Sociólogo e Antropólogo, Realizador Audiovisual e Produtor Cultural

Publicado originalmenteno Blog do Coletivo PEGADA onde escreve mensalmente: